Perseguição fora de campo: 9 jogadores com a carreira marcada por ódio

Perseguição é a palavra-chave. Neymar parece ser uma figura unânime em Paris, sobretudo para torcedores do PSG. Ao que parece, ninguém o queria mais no clube, o que ficou bem claro com a saída dele para o futebol árabe. Uma verdadeira onda de repúdio, mesmo com o brasileiro já fora de Parc des Princes.

Na verdade, a relação do jogador com a torcida nunca foi das melhores. Muitas vezes em razão de algumas atitudes do jogador. Entretanto, em outras oportunidades o que se viu foram perseguições pontuais com o craque. Mas Neymar não é o único a sofrer esse tipo de situação e o MQJ prova isso.

Por isso, separamos alguns jogadores que sofreram algo parecido. Ou sofrem. Confira!

Mario Götze

Em 2013, Bayern de Munique e Borussia Dortmund protagonizaram o maior confronto desse clássico na Alemanha. Foi pela Champions League, na decisão. Os bávaros levaram a melhor, ganhando por 2 a 1 na redenção do holandês Robben.

Entretanto, o que mais chamou atenção foi o meia Mario Götze, do Dortmund. O detalhe é que ele já estava acertado com o Bayern. Mais ainda: em razão de uma lesão, ele não estaria em campo contra seu futuro clube. Vestiu a camisa do Bayern de 2013 a 2018, mas sempre que enfrentava o Dortmund, na casa do adversário, era hostilizado.

Torcedores chegaram a levar camisas e cartazes com o nome de Götze, chamado de traidor e Judas.

Luis Figo

Uma das maiores rivalidades do futebol mundial é aquela entre Barcelona e Real Madrid. Vestir a camisa de um deles e em seguida do outro, só pode dar problema. Foi o caso do meia-ofensivo Luís Figo, no ano 2.000. Ele era um dos destaques do Barça, ao lado do brasileiro Rivaldo. A idolatria da torcida mudou radicalmente quando ele decidiu mudar de camisa.

Cada clássico disputado no Camp Nou era uma tortura para o português. A torcida do Barcelona o vaiava a cada toque na bola. A senha permanece até os dias atuais, tamanha a frustração dos torcedores. Sair do Barcelona, tudo bem, mas justamente para o Real Madrid?

Lewandowski

A história do craque polonês se assemelha a de Mario Götze. Ele também trocou o Borussia Dortmund pelo Bayern de Munique, ambos rivais na Alemanha. A mudança ocorreu em 2015, com a mudança de lado inesperada, deixando a torcida da muralha amarela muito insatisfeita.

Entretanto, a carreira de Lewandowski no Bayern de Munique foi de sucesso puro, diferentemente de Götze. Assim, o polonês acabou se tornando ídolo também lá, mas sofreu em jogos no Signal Iduna Park. Acabou colecionando títulos, ainda assim, obtendo inclusive a cobiçada Champions League, em 2020.

Apesar de tudo, foi a decisão que fez diferença na carreira do polonês.

Hakan Çalhanoğlu

Caso recente de perseguição por parte da torcida, o meia Hakan Çalhanoğlu. Após anos se destacando com a camisa do Milan, em 2021 o meia turco fez uma escolha, o mínimo, corajosa. Deixou um clube para defender o maior rival. Deixou o rubro-negro para vestir a camisa azul e preta da Internazionale.

Dois clubes, da mesma cidade, totalmente rivais.

A cada clássico disputado muitas vaias e protestos com mensagens e faixas estendidas das arquibancadas. Sempre hostilizando o meia, em razão da atitude de mudança do jogador. Ainda defendendo a Inter atualmente, Hakan Çalhanoğlu sofre com vaias e protestos, além de faixas e mensagens de insatisfação.

Jamais foi perdoado pelos torcedores do Milan, sendo mais uma vítima de perseguição dentro e fora de campo.

Higuaín

Em 2016, o argentino Gonzalo Higuaín trocou o Napoli pela Juventus. Duas forças do futebol italiano contando com grandes torcidas. Desde então, o jogador não teve um dia de paz ao visitar o agora adversário, hostilizado pela torcida napolitana. Nas arquibancadas, as reações de sempre: mensagens de repúdio, vaias e até camisas queimadas em razão da mudança. Coisas do futebol.

Hummels

Também em 2016, outro jogador virou judas para uma certa torcida, porém, na Alemanha. Mats Hummels, campeão mundial em 2014, foi outro a deixar o Borussia Dortmund para vestir a camisa do Bayern de Munique. O zagueiro alemão caiu em desgraça com a torcida de seu antigo clube e não teve mais paz.

Sempre que enfrentava o Borussia Dortmund a história se repetia: faixas estendidas, palavrões, etc. O detalhe é que Hummels era um dos melhores jogadores do seu ex-clube, além de muito festejado pela torcida. Daí a revolta ter sido até maior do que no caso de Götze.

Curiosamente, Mats Hummels acabou voltando ao Borussia, em 2018, recuperando o prestígio que havia perdido. Mais coisas do futebol.

Griezmann

Outro caso de vira-casaca conturbado. O meia francês Antoine Griezmann fez muito sucesso lá pelos idos de 2014, até 2019, com a camisa do Atlético de Madrid. Tudo começou quando ele se mudou para o Barcelona. Torcedores do time colchonero nãoo aceitaram bem essa troca feita pelo então campeão mundo.

Todo respeito e admiração sucumbiram, dando lugar em puro sentimento de raiva. Griezmann era hostilizado a cada toque de bola em jogos do Barça contra o Atlético de Madrid. Essa novela, no entanto, chegaria ao fim em 2021, quando o jogador retornou ao velho clube.

Curiosamente, passou a jogar em alto nível, bem aproveitado pelo técnico Diego Simeone. Foi uma boa resposta aos torcedores que tanto o criticaram.

Vinicius Júnior

O caso do jovem atacante brasileiro é bem emblemático e recente. No início deste ano de 2023, ele passou a sofrer insistentemente ataques de cunho racista. Sua chegada à Espanha, na verdade, jamais foi totalmente tranquila, menos para torcedores do Real Madrid.

Perseguição desde sempre

Desde então, Vinicius Júnior vem sendo um dos protagonistas não só da liga espanhola, como da Europa. Assim, torcedores rivais não aceitaram o craque, diante de várias atuações de gala. Durante o período de 2022 até o começo de 2023, a perseguição acontecia em sequência. Na verdade, ainda se alastram, porém com menos frequência com o que ocorria há pouco tempo.

O brasileiro, por sua vez, portou-se como um adulto, apesar da pouca idade. Ganhou respeito no mundo inteiro.