Da decepção (ou vexame, se preferir) por ter ficado fora da última Copa do Mundo, em 2018, à final da Eurocopa. A resposta da Itália é na bola, em uma reconstrução que está a um passo da glória na Europa. O orgulho ficou ferido por não ter disputado o Mundial na Rússia, mas agora a seleção italiana vive outro cenário e está perto de acabar com um jejum – foi campeã da Euro em 1968. Nesta terça-feira, a Itália venceu a Espanha nos pênaltis por 4 a 2, após empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação, em Wembley, em Londres, e se garantiu na decisão da Euro. Agora, aguarda o vencedor do duelo entre Inglaterra e Dinamarca, que se enfrentam nesta quarta-feira. A decisão será neste domingo, às 16h (de Brasília), em Wembley.
A campanha da Itália é praticamente irrepreensível nesta Eurocopa. Na verdade, há algum tempo. Afinal, agora ostenta uma sequência de 33 jogos de invencibilidade. Após eliminar Áustria e Bélgica no mata-mata, deixa a Espanha pelo caminho e ganha ainda mais moral para a decisão.
O técnico Roberto Mancini foi o escolhido para comandar a reconstrução italiana. E tem acertado em cheio. É um time mais ofensivo, mas que continua seguro defensivamente. Contra a Espanha, até pela característica da rival, a seleção italiana não teve tanta posse de bola, como mostrou nesta Euro, mas soube muito bem o que fazer com ela e precisou de um bom drama para carimbar a vaga para a decisão, após a Espanha empatar e viver o drama dos pênaltis.
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Primeiro tempo sem gols
A Itália tomou a iniciativa e chegou a acertar a trave logo aos três minutos, com Barella, mas o lance foi invalidado por impedimento. A Espanha, então, logo passou a ter a bola. Aos poucos, foi pressionando os italianos.
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A seleção italiana buscava a velocidade pela esquerda. O lateral-esquerdo Emerson Palmieri, brasileiro naturalizado italiano, chegou antes do goleiro Unai Simón e tocou para Immobile. Ele fez a bola chegar a Barella, que não aproveitou o fato de o goleiro ainda voltar para a meta, demorou a finalizar e foi desarmado.
A resposta da Espanha – e melhor chance deles no primeiro tempo – foi com Dani Olmo. Ele obrigou Donnarumma a salvar a Itália. No fim, Emerson voltou a dar trabalho. Ele recebeu de Insigne e acertou a trave.
Itália e Espanha protagonizam segundo tempo emocionante
O segundo tempo começou agitado. Busquets, em finalização de fora da área, assustou. A resposta da Itália foi imediata. Unai Simón defendeu o chute de Chiesa. O atacante italiano, aos 14 minutos, não deu chances ao goleiro. Chiesa ficou com rebote após contra-ataque e colocou no canto: 1 a 0.
A Espanha partiu para cima. Koke lançou Oyarzabal, mas ele não alcançou a bola. Dani Olmo, na sequência, errou o alvo. A Itália tentou dar o bote, mas Berardi parou em Unai Simón.
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Contestado, Morata, que entrou no segundo tempo, empatou para a Espanha. Ele tabelou com Olmo, invadiu a área e tocou na saída de Donnarumma: 1 a 1, aos 34 minutos. O atacante espanhol conviveu com muitas críticas nesta Euro por desperdiçar algumas oportunidades. Surpreendentemente, começou no banco, mas apareceu bem na etapa final.
Tensão e drama na prorrogação e pênaltis
A semifinal ganhou em tensão. As duas equipes tentaram impedir a prorrogação, mas o empate persistiu. O primeiro lance de perigo do tempo extra foi espanhol. Olmo cobrou falta e Donnarumma espalmou. Morata ficou com rebote, mas Chiellini interceptou. A Espanha dominou o primeiro tempo da prorrogação, mas a Itália conseguiu se segurar.
A seleção italiana cresceu no segundo tempo da prorrogação e chegou a marcar com Berardi, mas ele estava impedido. O gol foi anulado. O drama só aumentou. E encontrou o ápice nos pênaltis.
Locatelli abriu para a Itália e parou em Unai Simón. Dani Olmo isolou para a Espanha. Belotti colocou os italianos em vantagem. Moreno deixou tudo igual. Bonucci fez 2 a 1 para a Itália. Thiago Alcântara, com categoria, empatou.
Bernardeschi não deu chances para Unai Simón. Morata parou em Donnarumma. A Itália teve a chance de fechar com Jorginho. O brasileiro naturalizado italiano, com muita categoria, não perdoou e levou a seleção italiana à final: 4 a 2.
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