Copa América: Boicote de estrangeiros pode forçar CBF a parar o Brasileirão

Os jogadores da Seleção Brasileira que atuam no exterior estão estudando a possibilidade de não disputar a Copa América que começa na próxima semana, no Brasil. Mas eles não estão só. Atletas de outras seleções que atuam na Europa seguem a mesma linha de raciocínio. Caso, por exemplo, do artilheiro Edinson Cavani, da seleção uruguaia e do Manchester United. A medida conta com a simpatia de atletas que jogam no Brasil. Mas neste caso o boicote é mais complicado por conta de pressões dos próprios clubes, aliados da entidade.

Caso os atletas que joguem no exterior confirmem o boicote ao torneio, o técnico Tite pode ser obrigado a convocar apenas jogadores que atuam no futebol brasileiro. Assim a CBF não vai ter outro jeito e vai ser forçada a paralisar o Campeonato Brasileiro.

Jogadores da Seleção conversam com Tite sobre a CBF (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)

Com jogadores atuando no Brasil clubes que têm elencos mais qualificados, como Flamengo, São Paulo, Palmeiras e Atlético-MG devem ter mais de cinco jogadores convocados para a Seleção Brasileira. Vale lembrar que ainda tem a lista da Seleção Brasileira olímpica.

CBF teve que adiar jogos do Flamengo

Rogério Caboclo defende os interesses da CBF (Foto: CBF)

Recentemente a CBF foi obrigada a adiar jogos do Flamengo porque o clube teve o zagueiro Rodrigo Caio, o meia Éverton Ribeiro e o atacante Gabigol convocados para a Seleção Brasileira principal. Além disso o volante Gérson e o atacante Pedro estão a serviço da Seleção olímpica.

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A entidade não vai poder adiar jogos de apenas alguns times e tornar a competição desigual em termos de sequência de partidas. Assim a CBF realmente está em uma chamada sinuca de bico. O presidente Rogério Caboclo pretende justamente evitar isso e vem agindo nos bastidores para sensibilizar os atletas.

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Os jogadores e até mesmo Tite só vão se posicionar sobre o assunto na terça-feira, após a partida contra o Paraguai, em Assunção, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo. A ordem é evitar que a questão política prejudique o desempenho da Seleção Brasileira.