Futebol Brasileiro

Vasco x Inter faz Brasileiro não ter fim: recorde os principais tapetões do futebol brasileiro

O Brasileirão de 2020 ainda não acabou. Pelo menos fora de campo. O Vasco tenta anular o jogo contra o Internacional, pela 36ª rodada, em que houve a polêmica com o VAR (falta de calibragem) no primeiro gol gaúcho. Não é a primeira vez (e nem deve ser a última) que um clube busca a Justiça, seja Desportiva ou até mesmo a Comum, na tentativa de buscar direitos e de anular resultados. O termo “tapetão” é utilizado quando o futebol sai do campo e vai para os tribunais.

Imagens do VAR no jogo entre Vasco e Inter | CBF

Um termo associado a tapetão é a “virada de mesa”, seja quando um rebaixamento é evitado ou o regulamento é “adaptado”. E o futebol brasileiro tem alguns casos históricos nestes dois sentidos.

LEIA MAIS! Vai recorrer! Vasco não desiste de tentar anulação de partida contra o Inter

Os principais tapetões do futebol brasileiro

Virada de mesa do Brasileiro de 1996

A CBF decidiu cancelar o rebaixamento do Brasileiro de 1996, medida que beneficiou o Fluminense e o Bragantino. Na ocasião, estourou um caso de possível esquema de manipulação de resultados, que ficou conhecido como “Caso Iven Mendes”, então presidente da Comissão Nacional de Arbitragem (Conaf). Esta “virada de mesa” ficou associada ao Fluminense pela comemoração do então presidente Álvaro Barcellos, que estourou uma garrafa de champanhe para comemorar.

Álvaro Barcelos e a famosa cena da champanhe (Foto: Arquivo JS)

O caso Sandro Hiroshi

Em 1999, o atacante Sandro Hiroshi, então no São Paulo, atuou com documentos com idade adulterada, o popular “gato”. Internacional e Botafogo ganharam na Justiça Desportiva os pontos dos duelos contra o clube paulista. Com a decisão, o Fogão escapou do rebaixamento e empurrou o Gama para a degola. O clube do Distrito Federal recorreu à Justiça Comum e ganhou a causa. A CBF se viu impossibilitada de organizar o Brasileiro de 2000. A solução encontrada foi, sob a organização dos clubes, a criação da Copa João Havelange, com 116 times, incluindo o Gama, divididos em módulos.

Sandro Hiroshi

Sandro Hiroshi foi a polêmica do Brasileiro de 1999 | Foto: Divulgação

A Copa João Havelange

O Bahia e o Fluminense, que deveriam jogar a Série B em 2000, foram para o módulo principal da Copa João Havelange, equivalente à Série A, e continuaram na elite em 2001.

Magno Alves era atacante do Flu em 2000 (Foto: Arquivo Fluminense)

A Máfia do Apito

Um escândalo de manipulação de resultados mexeu com Campeonato Brasileiro de 2005. O árbitro Edilson Pereira de Carvalho chegou a ser preso. O STJD anulou e remarcou 11 jogos do torneio. O Corinthians fez quatro pontos em partidas remarcadas (havia perdido os dois jogos anulados) e ganhou fôlego para ser campeão – terminou o Brasileiro com três pontos a mais do que o Internacional.

Tévez, Corinthians, 2005

Tévez foi um dos principais nomes do Timão do título de 2005 | Foto: Corinthians / Divulgação

O Caso Héverton

O “tapetão” movimentou o futebol brasileiro em 2013. A Portuguesa e o Flamengo foram punidos com perda de pontos em função da escalação irregular de Héverton e André Santos, respectivamente. O Fluminense entrou como parte interessada no julgamento do STJD. O Tricolor havia sido rebaixado. Porém, com a punição confirmada no Tribunal, a Lusa caiu para a Série B.

Héverton foi pivô de uma polêmica (Foto: Divulgação Lusa)

A entrada do prédio do STJD virou “arquibancada”. Torcedores de Fluminense e Portuguesa compareceram em frente ao edifício do Tribunal.

Você Também pode gostar

Comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *