Rogério Ceni pode prosseguir a carreira como técnico em um outro Tricolor. O Fortaleza fez uma proposta e agora aguarda o “sim” de Ceni para ser o comandante do time no ano de seu centenário, em que o principal desafio será a Série B do Campeonato Brasileiro.
“O Fortaleza Esporte Clube confirma negociações com Rogério Ceni, entretanto, não oficializa a contratação do treinador. Presidente Marcelo Paz esteve em São Paulo para conversar sobre os planos do Fortaleza Esporte Clube para 2018, tendo bom alinhamento e afinidade de ideias e projetos. A diretoria tricolor irá se pronunciar oficialmente no momento em que houver definição sobre o comando técnico do time”, confirmou o Fortaleza, em seu site oficial.
Ceni iniciou a trajetória como técnico justamente no clube pelo qual fez história como jogador: o São Paulo. Ele se aposentou dos gramados em 2015 e assumiu o posto de treinador em 2017, após um ano que se preparou para a função – estudou na Inglaterra, por exemplo.
A idolatria como atleta de nada adiantou. Rogério Ceni não resistiu à pressão e foi demitido do São Paulo após a 11ª do Campeonato Brasileiro. Ao todo, ele comandou o Tricolor Paulista em 35 jogos, com 14 vitórias, 11 empates e dez derrotas, num aproveitamento de 50,4% dos pontos.
Os resultados pesaram contra Ceni, sobretudo a eliminação para o Corinthians na semifinal do Campeonato Paulista e a eliminação na Sul-Americana para o Defensa Y Justicia. O técnico também foi criticado pelo desempenho do time e até mesmo por declarações em coletivas – em que se baseava em números para defender a equipe após derrotas ou más atuações.
O Fortaleza é uma boa para Rogério Ceni?
O recomeço de Ceni como técnico, então, pode ser no Fortaleza. É um bom passo? A melhor pergunta, certamente, é: ele terá estabilidade? Técnico no Brasil não tem o tempo como aliado. A rotina por aqui é a de triturar treinadores. O histórico do Fortaleza reforça isso. O time teve quatro comandantes em 2017 (Hemerson Maia, Marquinhos Santos, Paulo Bonamigo e Zago). Os três primeiros foram demitidos. Zago, que ajudou a equipe a ir para a Série B, foi para o Juventude. O panorama vai mudar? Rogério Ceni, se aceitar a oferta, terá o respaldo necessário?
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Outro ponto é a mudança de patamar financeiro. O Fortaleza tem menos bala na agulha e poder de investimento menor na montagem de elenco, algo que Ceni irá precisar se adaptar, caso assuma o time. Além disso, outra diferença é o perfil da Série B, um torneio mais aguerrido, brigado. Ou seja, desafios para o técnico.
Por outro lado, com o respaldo necessário, o Fortaleza pode ser um caminho interessante para Rogério Ceni. Ele poderá mostrar seu potencial como técnico, as ideias que pretende aplicar. Um passo de afirmação na carreira, no sentido de ganhar experiência e uma chance de desenvolver seu trabalho.
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