O desabafo de Nenê, na saída de campo após o empate com Vitória, neste domingo, no Maracanã, serve como alerta e foi o retrato do Vasco em duas das últimas três rodadas no Campeonato Brasileiro, justamente quando o time desperdiçou a oportunidade de entrar no G-7 e dar um passo rumo à Libertadores de 2018.
“A gente não aprende… Parece que faz o gol e a gente não aprende. Fica jogando para trás”, declarou Nenê, neste domingo, após o empate por 1 a 1 com o Vitória.
O roteiro do jogo contra o Vitória foi semelhante ao enredo do duelo com o Coritiba, também no Maracanã. O Vasco saiu na frente (abriu o placar aos 15 minutos do primeiro tempo), mas cedeu o empate na etapa final (aos 21 minutos). A situação foi pior contra o clube baiano. Breno colocou o Cruz-Maltino em vantagem aos nove minutos. Porém, aos 46 da segunda etapa, o Vitória chegou à igualdade e frustrou o time carioca.
O que o Vasco precisa aprender e melhorar
Não só aprender, como alertou Nenê, o Vasco precisa melhorar em alguns pontos para entrar de uma vez no G-7 e alcançar o objetivo de ir para a Libertadores em 2018. O Cruz-Maltino, na oitava colocação, está a dois pontos do Flamengo, sétimo colocado. A queixa do meia foi clara: o time recua após abrir vantagem. Um outro problema tem atrapalhado a equipe, que é o de matar o jogo. Para isso, precisa criar mais e aproveitar as oportunidades.
O ataque vascaíno deixou a desejar contra o Vitória. O time criou pouco: “Nem os contra-ataques nós conseguimos, apenas uma bola na trave”, admitiu o técnico Zé Ricardo.
O Vasco tem 32 gols marcados no Brasileiro, sendo o quarto pior ataque do torneio. Em 11 dos 32 jogos, o time passou em branco e não conseguiu balançar a rede. Com Zé Ricardo, a equipe soma nove gols em dez partidas e ficou sem marcar em duas oportunidades (Corinthians e Flamengo). Em apenas uma o Cruz-Maltino fez mais do que um gol (na vitória sobre o Avaí). Sendo assim, um dos quesitos que precisa melhorar é o poderio ofensivo.
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O time precisa criar mais. Os últimos três jogos (empates com Coritiba, Flamengo e Vitória) evidenciaram o problema. Zé Ricardo tem utilizado a trinca Pikachu, Nenê e Mateus Vital como peças ofensivas de criação. O jovem Paulinho pode ser uma alternativa. O Vasco conta ainda com nomes, como Manga Escobar, Paulo Vitor e Wagner, entre outros.
Melhora defensiva, mas muitos empates
O setor defensivo melhorou após a chegada de Zé Ricardo. O time não sofreu gols em quatro dos dez jogos e não levou dois gols numa mesma partida até aqui, sob o comando do técnico. Porém, pagou caro pelo recuo da equipe contra Coritiba e Vitória. A solução é tentar ficar mais com a bola e não chamar tanto o adversário.
O Vasco se mantém firme e forte na briga por uma vaga na Libertadores, mas a situação estaria bem melhor se um resultado não “insistisse” tanto em aparecer e a atrapalhar a vida cruz-maltina: o empate. Em dez jogos com Zé Ricardo, o time empatou cinco vezes (Sport, Chapecoense, Coritiba, Flamengo e Vitória), sendo quatro no Rio. Para piorar o cenário, em quatro oportunidades o Vasco estava na frente, mas não segurou o placar, amargando a igualdade. Outro ponto a resolver para o time entrar no G-7.
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