Os jogadores mais lembrados nos campeões do futebol são em geral os artilheiros e armadores habilidosos. Afinal são eles que normalmente produzem os gols, o maior objetivo do jogo. Mas em toda equipe campeã existe uma retaguarda que a defende das investidas dos adversários.
Se gols são necessários para vencer uma partida, eles só realmente valem se a equipe não toma mais do que faz. O setor defensivo é então fundamental para fazer um time campeão.
Ao longo de sua história, o Vasco conquistou muitos títulos importantes. Entre os maiores, estão três sul-americanos e quatro nacionais. No âmbito continental, o Cruzmaltino foi o primeiro campeão da América em 1948, ao levantar o título Sul-Americano de Campeões. Anos mais tarde, levantou a Taça Libertadores em 1998 e a Copa Mercosul, em 2000.
No plano nacional, o Vasco é tricampeão brasileiro (1974, 1989 e 1997), e campeão da Copa do Brasil (2011).
Em todas as ocasiões, a equipe de São Januário contou com uma dupla de zaga que impunha respeito. O MQJ paga tributo a esses grandes jogadores que nem sempre são lembrados:
1948 – Augusto e Rafagnelli
Barbosa, Augusto e Rafagnelli formavam o “trio final” do Vasco da Gama nos anos do “Expresso da Vitória”, nos anos 40. Com Barbosa no gol, Augusto e o argentino Rafagnelli compunham o miolo da zaga.
Com essa retaguarda, o Vasco conquistou seu maior título até então, em 1948. No ano do Cinquentenário do Clube, tornou-se o primeiro campeão da América ao levantar o título Sul-Americano de Campeões de forma invicta.
Barbosa e Augusto, inclusive, fizeram parte da equipe vice campeã mundial na Copa de 1950.
1974 – Miguel e Moisés
Em 1974, o Vasco conquistou seu primeiro título brasileiro. A equipe que derrotou o Cruzeiro na final no Maracanã contava com a dupla Miguel e Moisés na zaga.
Miguel iniciou a carreira no Olaria, mas logo se transferiu ao Vasco aos 19 anos, em 1969. Era o mais técnico da dupla e ganhou a Bola de Prata em 1974. Pela Seleção Brasileira, conquistou o Torneio Bicentenário dos EUA, a Copa Rio Branco, a Copa Roca e a Taça do Atlântico.
Moisés atuou no Vasco entre 1971 e 1976, quando se transferiu para o Corinthians. Zagueiro à moda antiga, que não aliviava, ganhou o apelido de “Moisés Paulada”. Teve longa carreira no futebol e atuou por outras grandes equipes, como Flamengo, Fluminense e Botafogo. Chegou a ter uma curta passagem pelo Paris Saint Germain e disputou um amistoso pela Selação Brasileira.
1989 – Quiñonez e Marco Aurélio
Em 1989, o Vasco montou um grande time, que ficou conhecido como Selevasco, e faturou o bicampeonato brasileiro. Na frente, tinha um poderoso ataque com Bebeto e Sorato, municiados pelo meia Bismark. Na retaguarda Quiñonez e Marco Aurélio faziam a dupla de zaga.
O equatoriano Quiñonez, zagueiro firme, era destaque na seleção de seu país. Chamava a atenção em campo pela vasta cabeleira. Sua passagem pelo Vasco foi curta, mas deixou sua marca.
Ao seu lado, Marco Aurélio ficou em São Januário por duas temporadas, antes de seguir para o futebol europeu. Entre 1988 e 90, disputou 55 partidas com a camisa do Vasco.
1997 a 2000 – Mauro Galvão e Odvan
O Vasco viveu a melhor fase de sua história no futebol entre os anos de 1997 e 2001. Durante esta “Era de Ouro” o Cruzmaltino contou com uma lendária dupla de zaga formada por Mauro Galvão e Odvan.
Consagrado no futebol e bicampeão brasileiro atuando por Internacional (1979) e Grêmio (1996), Mauro Galvão chegou ao Vasco aos 35 anos. Além da experiência, era jogador de alta técnica e visão de jogo. Suas credenciais e postura dentro e fora de campo o fizeram capitão da equipe.
Odvan, por outro lado, personificava a expressão “zagueiro zagueiro”. Muito vigor e disposição para marcar e pouca habilidade para tratar a bola.
A dupla conhecida como “Muralha da Colina” deu tanto certo que permaneceu como titular por muitos anos. Foi com essa formação que o Vasco conquistou os brasileiros de 1997 e 2000, a Libertadores de 1998 e a Copa Mercosul em 2000.
2011 – Anderson Martins e Dedé
O título da Copa do Brasil de 2011 foi o último conquistado pelo Vasco fora do âmbito regional. Com o fim da “Era de Ouro”, o clube viveu uma sucessão de crises financeiras e políticas que perduram até os dias atuais. Nesse entremeio, a equipe de 2011 trouxe grande felicidade a grande torcida vascaína.
Na defesa, aquela equipe contava com a competente dupla Anderson Martins e Dedé. O primeiro foi contratado naquela temporada após cinco anos no Vitória da Bahia. Chegou ao Vasco em uma operação com a Traffic, que detinha seus direitos, e deixou o clube rumo ao futebol Árabe no segundo semestre.
Ao seu lado, estava Dedé. No clube desde 2009, quase foi dispensado no ano seguinte, mas teve uma oportunidade no time e aproveitou. Ganhou o Prêmio Craque do Campeonato Brasileiro como melhor zagueiro pela direita do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2010. Virou ídolo e disputou 160 partidas com a camisa do Vasco antes de se transferir para o Cruzeiro, em 2013.
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