O atacante Jô tem duas passagens pelo Corinthians. No entanto, a Fiel aguarda ansiosamente por uma terceira investida, uma vez que o jogador está de saída do Nagoya Grampus, do Japão. Mas não será tão fácil assim essa saída do jogador do clube japonês. Ainda mais considerando essa fase de pandemia de coronavírus, na qual a ordem mundial é de recessão econômica.
Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, falou nesta sexta-feira que as chances do retorno são reais. Entretanto, não se vê o dirigente com aquela firmeza que lhe é característica. O motivo é simples: apesar de o jogador ver com bons olhos essa possibilidade, há outras situações que o afastam do Parque São Jorge.
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Idade
Aos 33 anos, Jô certamente não é aquele garoto que marcou seu primeiro gol pelo Corinthians em 2003, quando era uma promessa nas divisões de base. Precisamente, foi na noite de 24 de agosto, no Pacaembu. Então com 16 anos, o jogador mais jovem a defender o Corinthians completou um cruzamento do meia Robert, fechando o placar em 3 a 1 em cima do Internacional.
Agora, na reta final da carreira e considerando a crise econômica mundial, o jogador pensa em fazer o pé de meia. Não quer dizer que as portas estejam fechadas, mas a situação financeira do Corinthians não é boa. E isso pesa na balança.
Concorrência
O talento de Jô o fez ídolo de outras torcidas, como é o caso do Atlético-MG. No Galo ele fez parte de um grande time, ao lado de Ronaldinho Gaúcho. Porém, não seria esse o maior entrave. Jô foi artilheiro do campeonato japonês em 2018, mas como o passar do tempo foi perdendo espaço no Nagoya Grampus, preterido com a chegada do técnico Massimo Ficcadenti. A essa altura da carreira, isso não é nada bom para um jogador.
Jô dá sinais de que não se considera em fim de carreira. Daí a razão para considerar que a hora é de fazer o pé de meia. É aí que entra a possibilidade de um retorno não ao Brasil, mas aos Emirados Árabes Unidos. Os agentes do jogador estão no mercado e a força econômica das arábias sempre fala alto nessas horas. Jô vestiu a camisa do Al-Shabab, de Dubai, em 2015.
Pendência no Nagoya
Jô deixou o Japão, mas ainda tem vínculo com o Nagoya Grampus. Tem contrato com o clube até dezembro deste ano, o que o impede de atuar em qualquer outro time em qualquer lugar do mundo. Há jeito? Sim, há. No entanto, a solução estaria amarrada ao valor da rescisão de contrato. Circula nos bastidores do Corinthians que os japoneses abrem mão do jogador, mas não da multa rescisória. E o Corinthians não tem dinheiro e não se disponibiliza a pagar o valor.
A posição de Andrés Sanchez é garantir os pagamentos ao jogador e não ir além disso. Mesmo porque, além da crise financeira, não se sabe como serão as coisas no futuro. De qualquer forma, em razão dessa indefinição sobre os rumos do futebol em tempos de coronavírus, o que Corinthians e Jô têm em comum é justamente não ter pressa. No mais, o futuro a Deus pertence.
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