A CBF deu uma aula de futebol no caso da implementação do árbitro de vídeo no Campeonato Brasileiro 2018. A entidade conseguiu fazer valer sua vontade e ainda colocou os clubes como vilões, tirando dela a responsabilidade pela não implementação. Para isso, bastou jogar a conta do árbitro de vídeo para as agremiações.
Entre os clubes que negaram a implementação, apenas o Corinthians justificou ser contra por outros motivos. Os demais questionaram a conta mesmo, o dinheiro.
“Há muita coisa a se esclarecida. Por exemplo, se o árbitro se negar a conferir o vídeo, o clube pode exigir que o faça? Então, não é apenas a questão de quem vai pagar”, disse Andrés Sanchez, presidente eleito do Corinthians, em entrevista à ESPN.
No entanto, o que justifica jogar esse valor na conta dos clubes?
Em Portugal, por exemplo, a implementação do VAR foi feita com sucesso. O pagamento é de responsabilidade da Federação Portuguesa. No Brasil, raros são os clubes que fecham suas contas mensais no azul. As despesas de um campeonato longo como o Brasileiro são pesadas, levando em conta as viagens. Vale lembrar que a extensão do nosso território é bem maior do que o de Portugal.
Faturamento CBF
A CBF, por sua vez, no último balanço divulgado, teve o maior faturamento de sua história. O anúncio feito no ano passado, correspondente à 2016, foi de R$ 647 milhões. Esse montante foi 2,5 vezes maior do que aquele alcançado em 2010, ano da Copa do Mundo da África do Sul.
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